sexta-feira, 1 de outubro de 2010

373 CASOS DE DENGUE REGISTRADOS EM MURIAÉ Funasa alerta para riscos com mudança de tempo

Terça-feira de chuva, quarta-feira com manhã de muito sol, fim da tarde com céu nublado e possivelmente mais chuva. Com a mudança de clima é comum as pessoas se preocuparem primeiramente com as doenças respiratórias, mas essa variação de tempo também implica em outro fator que pode prejudicar, e muito, e saúde dos muriaeenses: A Dengue.


Em entrevista exclusiva ao jornal DIARIO o Coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde de Muriaé, Paulo Roberto, explicou que o município está entrando no período crítico de maior incidência da proliferação do mosquito da dengue. Isso porque de acordo com o Ministério da Saúde, entre os meses de outubro e março é recomendado que as equipes da Funasa intensifiquem o combate aos focos. “ Na verdade esse trabalho tem início desde janeiro, pois o indicado é combater os focos no inverno e somente prevenir no verão”, explicou.

De acordo com o levantamento de dados neste ano foram registrados 1104 notificações de dengue em Muriaé, porém 373 que realmente são casos confirmados. A diferença entre os dois é pelo fato de muitas pessoas procurarem a Secretaria de Saúde por suspeitarem da doença, mas nem todos posteriormente fazem o exame para confirmar. “Possivelmente o número de casos seja ainda maior, porque do total das notificações, somente 557 fizeram exames e 90 resultados, destes, ainda não foram divulgados”, alertou Paulo Roberto.

Em contraste do alto índice de pessoas infectadas está o Índice de Infestação Predial da cidade. Segundo levantamento, só neste mês de setembro 4800 casas foram vistoriadas pela equipe da Funasa, destas, somente em 18 foram encontrados focos de dente. A boa notícia é que a média da cidade (0,54) esteja abaixo da estipulada pelo Ministério da Saúde(1%).

Através desse trabalho realizado, também foi possível identificar os depósitos de focos mais comuns. O incrível é que a maioria deles são por depósitos artificiais, quer dizer, locais que a própria população se descuidou em averiguar “ A maioria dos objetos são latas de refrigerantes, sacolas plásticas, bebedouro de animais, pneus e até mesmo os famosos vasinhos de plantas, que apesar de em todas as propagandas e campanhas divulgarmos que pode se tornar foco, as pessoas ainda deixam com água parada”. Ele complementa que a maior dificuldade da equipe de combate a dengue é a falta de conscientização da população.

Além da conscientização, a população de Muriaé também tem se demonstrado desinformada. De acordo com Paulo Roberto, nessa semana iniciaram uma campanha de combate ao pernilongo. Mas a iniciativa não surgiu pelos insetos em si, na verdade, as pessoas reclamaram com medo de ser o Aedes Aegipty. “Outra falta de instrução que percebemos é em relação o carro de fumacê. Quando o carro passa na rua algumas pessoas fecham a janela, dessa forma não tem como combater, pois deveriam fazer exatamente o contrário” orientou.

Além das medidas convencionais como visita de agentes de saúde e o carro de fumaça, a Secretaria de Endemias vai promover no mês de novembro o dia “D” de combate a dengue. O objetivo é mobilizar a comunidade através do apoio de todos os 24 postos do Programa Saúde da Família da cidade.







Um comentário:

  1. Oi Larissa, gostei do seu blog, bastante informativo e muito bem escrito. Parabéns! Gostaria de saber onde se encontra maior incidência de casos de dengue em Muriaé, ou seja, quais bairros são mais afetados, lugares enfim.
    Obbrigada!

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