sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Obras de Estevão Machado estão expostas no Grande Hotel - Entrevista que fiz para o Jornal Diario

Até o dia 23 de Novembro é possível acompanhar o trabalhado do artista plástico Estevão Machado no Grande Hotel Muriahe. Ao todo são 22 telas pintadas a óleo, que impressiona a todos pela forte semelhança com fotografia. No local, também é possível conferir um vídeo de 8 minutos, aproximadamente, com as mini-biografias dos modelos/cidadão expostos nos quadros.


Segundo ele, desde criança sempre gostou de desenhar, até mesmo antes de aprender a ler e a escrever. Mas é desde 2010, na verdade, que ele se dedica completamente a atividade artística e a pintura em particular. Antes, trabalhada como designer gráfico e publicitário em agencias do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Em entrevista ao Jornal DIARIO, Estevão fala de suas influencias, e principalmente sobre a desvalorização do artista plástico no país.



JORNAL DIÁRIO: Qual foi a sua inspiração para as obras expostas em Muriaé?

ESTEVÃO: Minha inspiração, meu ponto de partida, é sempre a realidade que nos cerca. Acho que em um país como o Brasil, onde as relações sociais, econômicas e institucionais são extremamente ricas e complexas, acho que a arte deve atuar de forma preponderantemente "política". Política no sentido da construção do possível, da responsabilidade com o coletivo. Daí minha necessidade de dialogar com pessoas comuns, com gente de todas as camadas da sociedade.



JORNAL DIÁRIO: O número de pessoas que vão a uma exposição de arte no interior ainda é pequeno. Qual a sua visão a respeito disso, como artista? O que você acha que poderia ser feito para mudar o hábito da sociedade?

Dados do IBGE falam que 93% da população brasileira nunca entrou numa galeria de arte... Claro, como artista acho isso perturbador, assustador mesmo... Não é só no interior que esse número é pequeno. Proporcionalmente, nas cidades grandes temos o mesmo quadro. Pegue a população de São Paulo, Rio ou BH e divida o número de gente que consome cultura, arte. Você vai ver que a proporção é sempre a mesma. Preocupante mesmo é a entrega da sociedade à cultura de massa, ao espetáculo, ao entretenimento que, associados ao consumo desenfreado e irresponsável, gera um cenário muito triste...



JORNAL DIÁRIO: O que mais te inspira na hora de pintar?

É exatamente esse cenário que me impele a pintar. Outro dia vi uma entrevista de um pintor da geração 70 que ilustra muito bem essa questão. Perguntado por que ele fazia arte, ele disse que, assim como os alpinistas sobem a montanha porque ela está lá, eu faço arte porque ela não está lá...



JORNAL DIÁRIO: Quais foram suas maiores influencias?

Desde pequeno, era alucinado com Van Gogh. Aquela pincelada louca, apaixonada me impressionava bastante. Depois, veio Bacon, com sua força e crueza e o Edward Hopper, suas crônicas urbanas e sua luz. E ainda o Lucien Freud, genial nos seus retratos. Mas esses são os figurativos. Como pensamento, alcance, acho que o Beuys e o Gaudi me apontaram muita coisa...

Muriaé está entre as 5 cidades da região vigiadas pela PF nas eleições

Muriaé, Leopoldina, Manhuaçu, Raul Soares e Juiz de Fora. As cinco cidades da região da Zona da Mata foram escolhidas para votar sob a vigilancia. Desde a terça-feira até a meia-noite de 4 de outubro, a Polícia Federal (PF) de Minas Gerais vai colocar em prática um forte esquema de fiscalização e repressão para coibir crimes eleitorais, em especial, a compra de votos e o uso de caixa dois. A operação especial para vigiar a eleição contará com 450 policiais federais, entre agentes, delegados e escrivães, distribuídos em 10 regiões do estado, abrangendo 45 cidades.


Mas ter essa vigilancia é uma boa notícia somente pelo fato de garantir segurança, mas por outro lado, a cidade também foi escolhida por uma má característica: localidades com maior incidência de crimes eleitorais nos últimos oito anos.

Além de caixa dois e a compra ou venda de voto por dinheiro ou vantagem, os federais vão investigar fraudes em títulos, transferência ilícita de domicílios eleitorais, transporte irregular de eleitores, abuso de poder econômico e boca de urna.

Em parceria com a PF, a ação vai contar com a participação da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual (MPE), responsáveis pela apuração inicial dos eventuais delitos. Pela legislação, os federais têm a prerrogativa de prender e autuar quem for pego na prática de crime eleitoral, além de proceder a coleta antecipada de provas, mesmo que o infrator não tenha sido apanhado em flagrante. Nesses casos, a idéia é colher provas para uma futura abertura de inquérito para investigação das denúncias.

De acordo a PF, a tática das equipes prevê a realização de diligências preventivas e repressivas em todas as cidades alvo da operação especial. Segundo maior colégio do país, com 14,5 milhões de eleitores, Minas está em segunda posição no ranking nacional da PF de inquéritos abertos para investigar delitos eleitorais.

373 CASOS DE DENGUE REGISTRADOS EM MURIAÉ Funasa alerta para riscos com mudança de tempo

Terça-feira de chuva, quarta-feira com manhã de muito sol, fim da tarde com céu nublado e possivelmente mais chuva. Com a mudança de clima é comum as pessoas se preocuparem primeiramente com as doenças respiratórias, mas essa variação de tempo também implica em outro fator que pode prejudicar, e muito, e saúde dos muriaeenses: A Dengue.


Em entrevista exclusiva ao jornal DIARIO o Coordenador de Endemias da Secretaria de Saúde de Muriaé, Paulo Roberto, explicou que o município está entrando no período crítico de maior incidência da proliferação do mosquito da dengue. Isso porque de acordo com o Ministério da Saúde, entre os meses de outubro e março é recomendado que as equipes da Funasa intensifiquem o combate aos focos. “ Na verdade esse trabalho tem início desde janeiro, pois o indicado é combater os focos no inverno e somente prevenir no verão”, explicou.

De acordo com o levantamento de dados neste ano foram registrados 1104 notificações de dengue em Muriaé, porém 373 que realmente são casos confirmados. A diferença entre os dois é pelo fato de muitas pessoas procurarem a Secretaria de Saúde por suspeitarem da doença, mas nem todos posteriormente fazem o exame para confirmar. “Possivelmente o número de casos seja ainda maior, porque do total das notificações, somente 557 fizeram exames e 90 resultados, destes, ainda não foram divulgados”, alertou Paulo Roberto.

Em contraste do alto índice de pessoas infectadas está o Índice de Infestação Predial da cidade. Segundo levantamento, só neste mês de setembro 4800 casas foram vistoriadas pela equipe da Funasa, destas, somente em 18 foram encontrados focos de dente. A boa notícia é que a média da cidade (0,54) esteja abaixo da estipulada pelo Ministério da Saúde(1%).

Através desse trabalho realizado, também foi possível identificar os depósitos de focos mais comuns. O incrível é que a maioria deles são por depósitos artificiais, quer dizer, locais que a própria população se descuidou em averiguar “ A maioria dos objetos são latas de refrigerantes, sacolas plásticas, bebedouro de animais, pneus e até mesmo os famosos vasinhos de plantas, que apesar de em todas as propagandas e campanhas divulgarmos que pode se tornar foco, as pessoas ainda deixam com água parada”. Ele complementa que a maior dificuldade da equipe de combate a dengue é a falta de conscientização da população.

Além da conscientização, a população de Muriaé também tem se demonstrado desinformada. De acordo com Paulo Roberto, nessa semana iniciaram uma campanha de combate ao pernilongo. Mas a iniciativa não surgiu pelos insetos em si, na verdade, as pessoas reclamaram com medo de ser o Aedes Aegipty. “Outra falta de instrução que percebemos é em relação o carro de fumacê. Quando o carro passa na rua algumas pessoas fecham a janela, dessa forma não tem como combater, pois deveriam fazer exatamente o contrário” orientou.

Além das medidas convencionais como visita de agentes de saúde e o carro de fumaça, a Secretaria de Endemias vai promover no mês de novembro o dia “D” de combate a dengue. O objetivo é mobilizar a comunidade através do apoio de todos os 24 postos do Programa Saúde da Família da cidade.







Faculdades de Muriaé abrem inscrição para vestibular

Qual profissão escolher? Onde estudar? Agora é a época em que muitos se fazem essas perguntas. A partir do mês de outubro começa a maratona de vestibulares, em Muriaé não é diferente.


A primeira a começar a divulgação, bem antecedente as demais, foi a Faculdade de Minas (Faminas). Desde o dia três de setembro até o dia 25 de novembro, as inscrições estão abertas. Estão disponíveis vagas para: Administração, Biomedicina, Ciências Contábeis, Comunicação Social com habilitação em Publicidade Propaganda ou Jornalismo, Direito, Educação Física, Enfermagem , Farmácia, Fisioterapia, Música, Nutrição, Pedagogia, Psicologia Semestral, Serviço Social, Sistemas de Informação e Terapia Ocupacional. A taxa de inscrição é de R$ 30,00 (trinta reais). Já a prova acontece no dia 28 de Novembro.

Já a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Marcelina(Fafism), deixou o vestibular mais para frente. Segundo informações da instituição, as inscrições vão começar somente no dia 20 de Outubro e dura até 08 de Dezembro. Estão disponíveis vagas para Letras,Pedagogia, Geografia, História, Ciências Biológicas, Matemática, Física, Química e Análise e Desenvolvimento de Sistema. A Fafism tem o menor preço de inscrição, R$20. A prova vai acontecer no dia 11 de Dezembro.

Uma outra alternativa para quem não quer parar de estudar pós Ensino Médio, são os cursos técnicos. Entre os dias 1º e 31 de outubro, estarão abertas as inscrições para o Exame de Seleção e para o Vestibular 2011 do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais – Campus Muriaé. Os cursos disponíveis são para e Agroecologia, Eletromecânica, Secretariado e Vendas. Na instituição também há cursos superiores de Administração e Design de Moda. As inscrições, entre R$ 40,00 e R$ 60,00 variam conforme o curso escolhido. Ainda não foi divulgado a data da prova.











INCENDIO NA USINA DA FUMAÇA Suspeita é que banhistas tenham causado o incidente

Pelas fotos já da pra perceber que o cenário mudou totalmente. Sai o tom verde e se substitui pelo cinza. Quem esteve lá, também afirma que o som dos pássaros e do balanço das flores, também foi ofuscado pelos estalos das matas e madeiras sendo consumidas pelo fogo, juntamente com grito da comunidade que se desesperava para conter as chamas. Essa é a descrição relatada por moradores que tentaram apagar o incêndio que aconteceu nesse domingo (26) na Cachoeira da Usina da Fumaça, por volta das 14 horas da tarde.


Ainda sim, nenhuma descrição ou foto, exemplifica melhor a dor causada nos moradores de ver o local onde vivem sendo destruído. Esse, pelo menos, foi o sentimento da Dona Daici Xavier Vieira ao telefone com a equipe de reportagem do Jornal DIARIO. Há 58 anos vive com a família no local. O marido é aposentado, e para ajudar nas despesas da casa, ela vende comida na sua casa para os turistas que freqüentam o local. Quando perguntada sobre a sensação em que está vivendo, as palavras simplesmente desaparecem na mesma proporção que chegam as lágrimas. “É difícil (...)”, é só o que ela consegue dizer.

Grande parte da área atingida está sob a cobertura de proteção ambiental. Apesar de pertencer a empresa de energia Zona da Mata Gerações S.A., o local é ponto turístico da região e também opção de lazer, por contar com uma cachoeira. Fabrício Paixão da Rocha, por exemplo, gosta aproveitar o ambiente natural para levar a família. Ele, juntamente com os moradores do local ficaram até quase 21 horas da noite, tentando amenizar o incêndio. “É questão de falta de consciência colocar fogo em um local como esse. Agora, caso a empresa, por segurança, opte por proibir a vinda de pessoas, o turismo acaba e prejudica inclusive os moradores daqui”.

A Polícia Florestal, juntamente com o Corpo de Bombeiro, atenderam a ocorrência, porém, por terem chegado três horas e meia depois, não puderam evitar que 3 hectares fossem atingidos. Dentre as dificuldades apontaram que o tempo estava seco, anoitecer e falta de pessoas, já que somente 2 bombeiros,2 policiais florestais e mais 3 pessoas da comunidade e visitantes, fizeram todo trabalho.

Dentre os presentes, existem rumores que alguns adolescentes seriam os causadores do incêndio. A Polícia Florestal, confirma que essa informação tenha chegado até eles, porém é muito cedo para apontar o culpado. Segundo o Cabo Fabiano, que compareceu ao local, a PF fez uma ocorrência e encaminhou ao delegado, por se tratar de um crime ambienta. A partir de agora, só resta investigar se o crime foi acidental ou criminal.

Enquanto a apuração é realizada, a população ainda reclama pelo fato de uma área “protegida” passar por um problema como esse em plena luz do dia. Problema esse, que resultou em prejuízos para a fauna e a flora do lugar.







Muriaé não tem UTI Neonatal Fundação desmente denuncia do vereador Carlos Wilson

Vários rumores e denuncias, mas nenhuma solução. É essa a realidade de Muriaé em relação a necessidade de haver no município uma UTI Neonatal. Na manhã dessa sexta-feira foi publicado em um blog, na íntegra, o depoimento do Vereador – e também médico obstetra - Carlos Wilson, denunciando haver três destes leitos instalados na Fundação Cristiano Varella e questionando o porquê de nao prestarem esse atendimento.


Segundo o texto, o vereador há meses tem procurado representantes do governo para que haja a implantação dessa UTI, que é fundamental para qualquer município. Ele afirma ter recebido, no mês de agosto, respostas das representações encaminhadas ao Ministro da Saúde e ao Secretário de Saúde do estado de Minas Gerais, afirmando que no município de Muriaé já contava com as unidades credenciadas desde o dia 05 de janeiro de 2009.

Mas a história não é bem assim. Após apuração do Jornal DIARIO – afinal é função dos veículos de comunicação serem parciais e sempre apurar os dois lados da história – o Diretor Administrativo da FCV,Sérgio Dias Henriques, enviou, ao email do jornal, um pronunciamento desmentindo a denuncia. Ele explica que a Portaria que trata do credenciamento foi publicada de maneira equivocada pelo Ministério da Saúde, já que não houve por parte da instituição nenhuma solicitação.

No email o diretor faz questão de ressaltar que não especialidade do Hospital prestar esse atendimento. “A Fundação não atende a especialidade da obstetrícia, portanto não faria nenhum sentido ter o credenciamento de UTI Neonatal para dar suporte a gestantes de alto risco. Hoje contamos com 6 leitos de UTI Adulto e 3 leitos de UTI Pediátrico, especificamente para utilização dentro da especialidade da oncologia, pois trata-se de uma instituição especializada no tratamento oncológico”. Ele conclui informando que

já foi solicitado pela Regional de Saúde de Ubá a revisão desta Portaria junto a Secretaria Estadual de Saúde.

Muito mais que o fato em si, é importante ressaltar que em meio a esse impasse o município ainda fica sem esse tipo de atendimento. Uma das características do período neonatal são as altas taxas de morbi-mortalidade, devido ser uma fase de grande fragilidade do ser humano e a alta propensão a ocorrência de seqüelas. Para que estas taxas diminuam e haja a recuperação de alguma patologia,sem que haja seqüelas, é indicado o encaminhamento para Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN). Em Muriaé isso não é possível, então como fica a situação?

A resposta ainda fica no ar, já que a equipe do Jornal Diário entrou em contato por várias vezes com o secretario de saúde, Doutor Marcos Guarino, porém ele não pode se pronunciar por estar em atendimento em seu consultório de pediatria.