sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DEMSUR afirma que fornecimento de água no Inconfidência II volta a normalidade nesse fim de semana

     Por volta de meio dia, nessa sexta-feira (3), o caminhão pipa do DEMSUR (Departamento de Saneamento Urbano de Muriaé) chegou à casa do cobrador de ônibus, Nilson de Lima Peixoto com uma boa notícia: água. Desde a segunda-feira (30) não só ele, como toda a população da parte alta do bairro Inconfidência II vem sofrendo com a falta de fornecimento. A última “visita” do caminhão a casa do senhor Nilson foi na terça-feira a tarde, ou seja há dois dias ele e a família têm que racionar ao máximo com uma caixa d’água de mil litros. A rotina agora é um banho por dia, lavar roupa nem pensar, a não ser que seja o uniforme da escola ou de trabalho.
     Mas para aqueles que pensam que esse problema é recente, estão enganados. Sérgio Marquezini, encostado pelo INSS faz questão de ressaltar que há tempos a água no bairro simplesmente não chega no fim da tarde dos sábados. Morador há três anos na rua Farmacêutico Sebastião Brum, está indignado com o serviço prestado a comunidade, já que mensalmente paga uma conta de água de aproximadamente R$70. “Isso é um descaso no que diz a respeito a população, porque independente do problema da bomba agora, tem muito tempo que sofremos com problema de água. Com o avanço tecnológico ainda passamos por isso? Estamos em pleno século XXI e isso é inadmissível. ”, disse.
    Falta de sorte ou excesso de problemas. Esse é o dilema do engenheiro civil, também diretor da divisão de água e esgoto do DEMSUR, Luciano Braga. Segundo ele, o bairro conta com uma bomba de fornecimento de água, sendo que ele mesmo fez questão de mencionar que o certo é haverem duas (para que na falta de uma a outra mantenha o serviço). Recentemente o órgão tem procurado trazer melhorias em vários pontos da cidade, inclusive o Inconfidência II. No início da semana no momento em que iam colocar a segunda bomba, a primeira simplesmente estragou e quando foram colocar a segunda essa não deu a produção esperada, não abasteceu ao bairro. Para ajustar as bombas e atender a comunidade, tiveram que utilizar maisvdois caminhões pipa: um de 11 litros e outro de 8, mas o problema não acaba aí. “Infelizmente com o calor e excesso de consumo também houve alguns vazamentos no bairro que também estão em manutenção, além disso, um de nossos caminhões teve um problema técnico” contou.
     Em entrevista a reportagem do jornal DIÁRIO o engenheiro Luciano Braga nos garantiu que na tarde dessa sexta-feira a bomba já está sendo reparada pelos próprios funcionários do órgão. A melhor notícia é que a expectativa de até o início da semana que vem o fornecimento de água no bairro deve voltar a normalidade.
     Essa pelo menos é a esperança de muitos como a dona Francisca de Oliveira, 62 anos, que mora há 18 anos no bairro. Após uma angioplastia, está acamada e passa por grandes dificuldades nesse período de racionamento. Em uma só frase ela exemplifica o sentimento da população do Inconfidência II em relação ao único direito (de acordo com a lei Federal 9433/97) básico que não esta sendo exercido: direito a água. “Geralmente tínhamos a esperança que por mais que ela fosse embora, a noite ela voltava, mas desta vez ela não volta nunca. Agora só nos resta esperar”conclui.




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