sábado, 18 de setembro de 2010

ARTIGO: NOSSO TRÂNSITO

Desmemoriados que somos! É isso mesmo. Todos nós sabemos que a cada dia que passa o transito de Muriaé fica mais caótico, porém, nossas reclamações, reivindicações e até mesmo estado de nervo, só acontecem quando somos prejudicados, quando atrasamos para o serviço, porque há em uma cidade de aproximadamente 100 mil habitantes, um congestionamento como se vivêssemos na grande São Paulo.

Sábado (18), eu peguei o ônibus Santana para ir da Barra para o Dornelas. No trajeto, em frente o Supermercado Levate houve uma batida simples – um motorista não conseguiu frear e bateu na traseira do carro de entrega desse supermercado - . Mas nem precisei chegar até lá para saber que algo havia acontecido. Para ser bem sincera e específica, um pouco depois de 20 metros do lugar onde eu peguei o ônibus era notável, sabem por quê? Havia uma fila enorme de carros e o fluxo do transito totalmente inerte.

O que é ruim ainda conseguiu ficar pior. Porque o motorista muriaeense nunca sabe como agir nessa situação. Na pressa e no individualismo do “eu vou embora, problema dos outros” acabam cometendo graves irregularidades, que também ocasionam em mais lentidão ainda. Nesse acidente, por exemplo, o ônibus não pode virar na Marechal Floriano, porque os carros se enfileiraram e tamparam a passagem. Inclusive, um ônibus de uma empresa local, que vinha do outro lado, desistiu de seguir o caminho correto, pois vários outros carros também estavam parados irregularmente com a confusão, então veio na contra mão, também impedindo que o coletivo passasse, ou seja, para que o Santana virasse na Marechal os carros deveriam abrir passagem, e o outro ônibus deveria voltar para sua via. Mas isso ia demorar muito tempo, tanto que o motorista do coletivo preferiu dar a volta lá (sim é longe)...lá no trevo do líder. Quem queria ir para a Marechal, teve que descer na BR116. Uma confusão!!!!

Sabemos que o assunto é grave e de urgência, porque nada acontece? Como jornalista, pude acompanhar e conheço vários grupos que foram criados no município para poder amenizar algumas situações. Equipes de combate às drogas, segurança pública, meio ambiente, saúde entre outros. Eles foram criados após constatar que a realidade da cidade, em relação a esses temas, estava se agravando. Pois então senhores, nos ajudem!!! Porque o transito de Muriaé está uma doença e de pouco a pouco vem matando a cidade.

Separadamente nenhum órgão se responsabiliza. O Dimutran (Divisão de Transito de Muriaé) afirma que depende de recursos para implantar semáforos na cidade e ressalta que falta conscientização; A Polícia (Militar e Civíl), por outro lado, diz que a frota de veículos é muito grande e as ruas não estão conseguindo comportar; a Secretaria de Obras, explica que a cidade cresceu sem organização e as ruas são estreitas e não tem como mexer no que está feito, mas fizeram algumas alternativas como alargamento da Constantino Pinto e prolongamento da JK. Desculpe-me senhores, mas essas justificativas, infelizmente, não resolvem o nosso problema.

Já que individualmente não tem força para solucionar essa questão, porque então que não se unem? Nem que seja para discutir, para mostrar que se importam e para nos mostrar pelo menos uma causa concreta que justifique esse péssimo panorama.

É verdade que os senhores têm razão quando afirmam que nossos motoristas, principalmente motoqueiros, são extremamente irregulares. Basta pesquisar nos registros de acidentes, para comprovar que a maioria é proveniente de ultrapassagem irregular. E nós pedestres, também sofremos imensamente, pois sempre somos vistos como co-adjuvantes nas ruas, sem nem sequer ter uma simples preferência de atravessar na faixa.

Uma coisa proponho á todos então: Já que o fardo é grande e todos nós queremos resultados, então que o carreguemos juntos? Assim ele não fica tão pesado, e no meio do caminho ninguém o largue, fazendo com que percamos o equilíbrio e o deixemos cair.

À sociedade (internautas e leitores do impresso) que estão lendo esse artigo, me comprometo a entregar uma cópia desse jornal aos órgãos públicos citados acima, e, disponho espaço, tanto no impresso, quanto na internet, para que os representantes possam se pronunciar. Será que há alguma solução?


CHARGE: LENDO A MENTE DOS MURIAEENSES




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